Título: CARCAÇA, OU O PRIMEIRO CADÁVER QUE EU VI NA VIDA - Autor: SARIAN, ALEXANDRE - Editora: KOTTER EDITORIAL - Tipo: novo - Ano: 2019 - Estante: Literatura Estrangeira - Peso: 663g - ISBN: 9788568462973 - Idioma: Português - Descrição: Baldio, Rodrigo MadeiraMuito da poesia ocidental enveredou pro lamento: o lamento amoroso, místico, político, etc. Nessas peças fundamentais, como em algo de Homero, Safo, San Juan de la Cruz, Brecht, ou Celan, impera certo código da melancolia, oudo desencanto diante da dor da vida, e a poesia vira o lugar de expor essa dor, torná-la tolerável. Felizmente há também - e necessária - uma outra linha, afirmadora da vida, que passa por momentos de Píndaro, Wordsworth, Nietzsche, Maiakóvski, etc.,uma linha que, se celebra estarmos vivos, em nada repete a ingenuidade abestada do coro dos contentes. É disso, dessa celebração doída, que trata a poesia de Rodrigo Madeira: a vida afirmada em meio à dor, ou, como vemos nos versos dedicados ao dançarino Kazuo Ohno, "a dança do cadáver, do fantasma / em louvor à vida, antes que a dança da vida / acabe." Porque a vida acaba sempre e, pior, pode acabar ainda entre os vivos, naquilo que Pessoa chamou de "cadáver adiado que procria". A poesia de Madeira é então um desses lugares raros e finos pra se achar mais da vida, seja isso o que for, de que tanto precisamos.

carcaça, ou o primeiro cadáver que eu vi na vida - sarian, alexandre

R$91,26
carcaça, ou o primeiro cadáver que eu vi na vida - sarian, alexandre R$91,26
Entregas para o CEP:

Meios de envio

Compra protegida
Seus dados cuidados durante toda a compra.
Trocas e devoluções
Se não gostar, você pode trocar ou devolver.
Título: CARCAÇA, OU O PRIMEIRO CADÁVER QUE EU VI NA VIDA - Autor: SARIAN, ALEXANDRE - Editora: KOTTER EDITORIAL - Tipo: novo - Ano: 2019 - Estante: Literatura Estrangeira - Peso: 663g - ISBN: 9788568462973 - Idioma: Português - Descrição: Baldio, Rodrigo MadeiraMuito da poesia ocidental enveredou pro lamento: o lamento amoroso, místico, político, etc. Nessas peças fundamentais, como em algo de Homero, Safo, San Juan de la Cruz, Brecht, ou Celan, impera certo código da melancolia, oudo desencanto diante da dor da vida, e a poesia vira o lugar de expor essa dor, torná-la tolerável. Felizmente há também - e necessária - uma outra linha, afirmadora da vida, que passa por momentos de Píndaro, Wordsworth, Nietzsche, Maiakóvski, etc.,uma linha que, se celebra estarmos vivos, em nada repete a ingenuidade abestada do coro dos contentes. É disso, dessa celebração doída, que trata a poesia de Rodrigo Madeira: a vida afirmada em meio à dor, ou, como vemos nos versos dedicados ao dançarino Kazuo Ohno, "a dança do cadáver, do fantasma / em louvor à vida, antes que a dança da vida / acabe." Porque a vida acaba sempre e, pior, pode acabar ainda entre os vivos, naquilo que Pessoa chamou de "cadáver adiado que procria". A poesia de Madeira é então um desses lugares raros e finos pra se achar mais da vida, seja isso o que for, de que tanto precisamos.