Título: BAGORRA - Autor: RIBEIRO, PAULO - Editora: KOTTER EDITORIAL - Tipo: novo - Ano: 2016 - Estante: Literatura Estrangeira - Peso: 165g - ISBN: 9788568462249 - Idioma: Português - Descrição: Agora Guilherme Gontijo Flores me vem com essa, de escrever com os ouvidos. Porque Naharia é esse poema esticado em que duas gerações se conversam: uma velha senhora que conta suas histórias com "parênteses / que parecem simplesmente intermináveis /quase como conversa que desinteressa", nas "voltas infindas da fala", e um ouvinte todo silêncios e disponibilidade. Naharia foi escrito não apenas com as formas da prosa, e, portanto, da fala comum, como também com as formas da escuta, "numa derivadoidivanas / dessas que só se sai / parando noutra". Formas da escuta: porque quem fala é a velha, mas a posição do escritor é ainda a do tradutor (Guilherme a mim não me engana). Agora Guilherme Gontijo Flores me bota nessa, de ler de orelha essas histórias que não são nossas por direito, e que nos são ofertadas, em nosso breve tempo atrofiado, e me sai com essa, de inventar formas da escuta, porque sabe que a escuta morreu, e me vem com essa, de inventar que os ouvidos existem, nessa narrativaem que tudo é corpo, e me bota nessa, inventar uma orelha que seja ela mesma invenção da escuta, que não foi a minha, mas dele. Onde encostar a cabeça para escutar o que não se pode escutar? "Aconselho o chão como mais indicado", responde a narradora."- Rafael Zacca

bagorra - ribeiro, paulo

R$76,98
bagorra - ribeiro, paulo R$76,98
Entregas para o CEP:

Meios de envio

Compra protegida
Seus dados cuidados durante toda a compra.
Trocas e devoluções
Se não gostar, você pode trocar ou devolver.
Título: BAGORRA - Autor: RIBEIRO, PAULO - Editora: KOTTER EDITORIAL - Tipo: novo - Ano: 2016 - Estante: Literatura Estrangeira - Peso: 165g - ISBN: 9788568462249 - Idioma: Português - Descrição: Agora Guilherme Gontijo Flores me vem com essa, de escrever com os ouvidos. Porque Naharia é esse poema esticado em que duas gerações se conversam: uma velha senhora que conta suas histórias com "parênteses / que parecem simplesmente intermináveis /quase como conversa que desinteressa", nas "voltas infindas da fala", e um ouvinte todo silêncios e disponibilidade. Naharia foi escrito não apenas com as formas da prosa, e, portanto, da fala comum, como também com as formas da escuta, "numa derivadoidivanas / dessas que só se sai / parando noutra". Formas da escuta: porque quem fala é a velha, mas a posição do escritor é ainda a do tradutor (Guilherme a mim não me engana). Agora Guilherme Gontijo Flores me bota nessa, de ler de orelha essas histórias que não são nossas por direito, e que nos são ofertadas, em nosso breve tempo atrofiado, e me sai com essa, de inventar formas da escuta, porque sabe que a escuta morreu, e me vem com essa, de inventar que os ouvidos existem, nessa narrativaem que tudo é corpo, e me bota nessa, inventar uma orelha que seja ela mesma invenção da escuta, que não foi a minha, mas dele. Onde encostar a cabeça para escutar o que não se pode escutar? "Aconselho o chão como mais indicado", responde a narradora."- Rafael Zacca